BONDES
14 - O Último Bonde
15/11/1964, imediatamente antes da derradeira viagem: o bonde tinha chegado ao Cemitério do Caju e está a ser preparada a viagem de regresso ao Depôt, pela última vez. O homem no estribo (sem boné) e o que segura uma folha de papel choram.
Na foto acima, a última viagem do bonde elétrico em Campos. A cidade foi a primeira no Brasil - até mesmo antes de Rio de Janeiro e São Paulo - a contar com iluminação pública elétrica, em 24/6/1883, mas foi a 32ª cidade brasileira (uma das últimas) a instalar bondes elétricos.
Em 19/9/1875, a Ferro-Carril de Campos inaugurou um serviço de bondes com tração animal que foi o único transporte sobre trilhos na cidade por 41 anos. Já em 1891 começaram a surgir propostas para construir uma linha através do rio em Guarulhos, mas nada se materializou.A Companhia Brasileira de Tramways, Luz e Força (CBTLF) foi organizada em 13/8/1914 e, depois de muitos atrasos, testou o primeiro bonde elétrico em Campos em 28/9/1916. A exploração comercial da linha - que tinha bitola métrica - começou em 14/10 e o sistema de bondes elétricos foi inaugurado formalmente em 5/11/1916, na presença do governador do Rio de Janeiro, Nilo Peçanha, e do presidente brasileiro, Wenceslau Braz.
Em 1918, o sistema foi fechado devido a problemas elétricos e alguns dos veículos foram adaptados para rodar com gasolina. A operação elétrica retornou e o sistema foi municipalizado em 1923, passando para a empresa Serviços de Força, Luz e Viação em 1928, para a Serviços Industriais do Estado em 1934, e, finalmente, para a Serviços Industriais do Norte do Estado (Sine) em 1942. Em 1940, o sistema de bondes de Campos adquiriu dez veículos fechados que pertenciam ao abandonado sistema de bondes de Petrópolis e, após a Segunda Guerra Mundial, adquiriu bondes abertos que haviam sido usados por Niterói.
Em 1958 o Sine comprou nove trólebus Vetra franceses que haviam sido usados por Niterói e substituiu os veículos usados nas linhas próximas a estação ferroviária. Ônibus a diesel foram colocados em outras rotas nos
O bonde 14 remanescente foi mostrado no centro cívico Oswaldo Lima em outubro de 1977. Dez anos depois, personalidades da cidade formaram a "Comissão Bonde 14" para restaurá-lo e preservá-lo em um museu.
14 - O Último Bonde
O nº 14, com ponto final em frente ao Cemitério do Caju, o único que era aberto, aqui fotografado na Praça São Salvador, em frente ao antigo Banco do Brasil e próximo da extinta Casa do Chá que foi consumida por um incêndio.
Após a retirada de circulação, os bondes foram substituídos pelos ônibus da empresa Serviço de Viação de Campos - SVC, criada especialmente para este fim. O Bonde nº 14 é doado ao Asilo dos Cegos, onde fica em exposição no pátio da entidade
14 - O Último Bonde
1984 - Três crianças sorriem para o fotógrafo enquanto brincam na carcaça do nº 14, indiferentes ao estado daquele que foi o motivo para lágrimas vinte anos antes.
Para eles, o único movimento possível e imaginável naquele bonde é o das suas brincadeiras !
Para eles, o único movimento possível e imaginável naquele bonde é o das suas brincadeiras !
Miniatura do Bonde 14
Museu Histórico de Campos dos Goytacazes - RJ
Miniatura do Bonde 14
Museu Histórico de Campos dos Goytacazes - RJ
Miniatura do Bonde 14
Museu Histórico de Campos dos Goytacazes - RJ
"Bonitão"
Em 25 de agosto de 1949, começou a circular o primeiro bonde elétrico fechado, logo apelidado pela população de "Bonitão".
"Bonitão" em fotografia no ponto que ficava em frente ao Pão Quente, por volta de 1959, na Praça São Salvador.
Bonde 5
Avenida Xv de Novembro - Centro
Bonde 3
Antiga rua Barão de Cotegipe, atual Governador Theotônio Ferreira de Araujo - Centro.
Bonde 2
Avenida Sete de Setembro - Centro
Linha Turfe-Clube
Bonde que fazia a linha Turfe-Clube, na rua do Gás com Ipiranga, em foto na década de 60.
Bonde 1
Fotografado na Av. Alberto Torres esquina com a rua Voluntários da Pátria em 1916.
Bonde 21
Avenida XV de Novembro
TROLLEYBUS
Chegada a Campos dos trolleybus Vétra de Niterói, os quais para aqui vieram para substituir os bondes na linha circular.
Em 1958 o SINE - Serviços Industriais do Norte do Estado, de Campos, adquire à SERVE nove dos seus trolleybus para a substituição dos bondes da linha circular da cidade por este meio de transporte, o qual acontece a partir de 29 de junho deste mesmo ano.
O fim desta série de trolleybus Vétra e deste tipo de meio de transporte dá-se em 1967 : em Campos o último circula em 12 de junho.
Os nove carros de Campos têm como destino final Volta Redonda (RJ) : aí são desmontados e convertidos em matéria-prima pela siderurgia...
Os nove carros de Campos têm como destino final Volta Redonda (RJ) : aí são desmontados e convertidos em matéria-prima pela siderurgia...
(Fonte : http://usuarios.multimania.es/ )
Cronologia do Sistema de Ônibus Elétrico
1953
Realização de levantamento topográfico para implantação das
linhas de trolleybus.
1954
Início da instalação da rede aérea . No dia 22 de setembro, chegada do primeiro trólebus, puxado por uma carreta, procedente de Niterói. No dia 25 de setembro, durante a Exposição Agropecuária, o veículo é colocado em exposição para o público.
1958
O S.I.N.E- Serviços Industriais do Norte do Estado adquire 9 trolleybus de segunda mão do sistema de Niterói. No dia 29 de junho, às 17 horas, com a presença do governador Miguel Couto Filho, inauguração da primeira linha de trolleybus, a linha 1, ligando a Praça São Salvador à estação de Campos pela rua Alberto Torres.
1959
No dia 19 de fevereiro, inauguração de novo trecho de linha, transformando a linha 1 em circular pelas ruas Alberto Torres e Tenente Coronel Cardoso. Inauguração de novo trecho até o Parque Leopoldina. Mais tarde são inauguradas novas linhas, como a Caju – Usina Santo Antônio.
1960
A cidade sofre racionamento de energia elétrica durante 2 meses devido a uma forte descarga elétrica de uma tempestade que derrubou uma das torres de sustentação da rede de alta tensão em Conceição do Macabu.
1964
No dia 31 de agosto, porta-vozes do Governo do Estado, através de nota oficial, anunciam que os trólebus serão substituídos por ônibus a diesel.
( Fonte : http://zrak7.ifrance.com/ )
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como e bom saber que existen pessoas que tem o prazer de mostrar a historia de nossa cidade! parabens.
ResponderExcluirSou apaxonado por esses tipos de artigos muito bom, parabéns ao autor
ResponderExcluirExplêndido seu papel João de nos proporcionar voltarmos nos tempos de nossa infância em férias escolares,final dos anos 50. Peguei muito o bonde fechado, pagava Cr$ 0,50 se não me engano (mesmo preço do pastel da Tia Dalila), e agora sabendo que era chamado de "bonitão". Saltava em frente ao Pão Quente, ia aos Correios, colocar minhas cartas para minha mãe no Rio, e depois passava na Bombonier dos meus primos ou simplesmente perambular pelo centro. Não passava dos meus 6 anos ou 7 anos de idade. E também lembro de pegarmos o Turfe-Club para irmos na Chácara da Tia Marieta, mãe dos meus primos, Said, Salim e Sadi. Imemoráveis tempos. Parabéns, amigo.
ResponderExcluirValeu Jom. Você precisa mandar matérias para o blog. Suas histórias são fantásticas e seria ótimo deixá-las registradas aqui. Abração.
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